Síndrome do ovário policístico interfere na pele e na fertilidade

Você já ouviu falar na Síndrome do Ovário Policístico, também conhecida como SOP? Pesquisas apontam que 20% a 30% das mulheres em idade fértil podem desenvolver o problema, decorrente de uma alteração no funcionamento dos ovários. O diagnóstico da disfunção pode ser feito de forma simples, por meio de ultrassonografia e avaliação criteriosa feita por um médico ginecologista.

De acordo com a ginecologista da Paraná Clínicas, Dra. Maria Eduarda Coelho de Souza, nos casos mais leves da Síndrome de Ovário Policístico, as mulheres apresentam pele com acne, aumento nos pelos e irregularidades no ciclo menstrual (o normal é entre 28 e 35 dias).

Já nos mais complexos, há ausência de menstruação (amenorréia) e risco de diabetes. “Nos casos mais simples, o tratamento pode ser feito com o anticoncepcional, que bloqueia o funcionamento do ovário. Já nos casos mais graves, como acne de difícil controle ou diabetes, são necessários medicamentos adicionais”, explica.

Infertilidade

É nos ovários que o corpo feminino armazena os óvulos (células reprodutoras) e produz os hormônios femininos. Os cistos são espécies de pequenas bolsas que se formam nos ovários e podem atrapalhar seu funcionamento ideal, comprometendo a produção hormonal e, em alguns casos, a fertilidade.

Além de ficar longos períodos sem menstruar, algumas portadoras da SOP podem também ficar sem ovular ou então ovular de forma irregular. Nestes casos, em que há prejuízo da fertilidade, há tratamentos alternativos para estimulação da ovulação, além de medicações específicas que podem ajudar a engravidar. “O ideal é que as mulheres que têm a síndrome procurem um aconselhamento médico antes de tentar engravidar”, conta Maria Eduarda.

Ela alerta que a mulher que tem a síndrome não deve achar que, por isso, não vai engravidar e pode abrir mão de métodos anticoncepcionais. “Muitas vezes, mesmo com ovário policístico, a ovulação acontece. Então, nada garante que a mulher não vai engravidar. Há muitas que engravidam mesmo sem tratamento”, afirma a ginecologista. Para garantir que a saúde esteja sempre em dia, o ideal é consultar um ginecologista ao menos uma vez por ano e realizar todos os exames recomendados.