A variante Delta, do coronavírus, é responsável por 63% das infecções atuais no Brasil de acordo com dados da Rede Corona-Ômica. Ou seja, mesmo com os avanços dos índices de vacinação e tendências de queda nas taxas de ocupação de UTI, os riscos de contaminação continuam existindo.

Originalmente, a variante delta foi descoberta na Índia em outubro de 2020, e rapidamente se expandiu pelos quatro cantos do mundo. O principal agravante dessa variável é o alto poder de transmissibilidade. Estimativas revelam que 1 pessoa pode contaminar 6 pessoas ou mais o que representa o dobro de outras variantes como a alfa, por exemplo.

Uma pesquisa liderada pela Universidade de Oxford, com participação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e publicada na revista científica Cell, também indica que as chances de reinfecções com a variante delta podem ser maiores.

Neste cenário, entender quais são os sintomas da variante delta, o que se sabe sobre os imunizantes de reforço dos cuidados é extremamente importante. Por isso, elaboramos esse artigo com tudo o que você precisa saber sobre o assunto!

Riscos da variante delta

Os cientistas ainda estão descobrindo quais são os riscos da variante delta, também conhecida como variante indiana. O que se sabe até o momento é que ela tem um potencial de transmissão mais alto e, portanto, é mais contagiosa do que as cepas originais.

São diversos impactos que podem surgir por conta dessa condição, como:

→ Aumento do número de casos da doença em pessoas não vacinadas e/ou imunizadas somente com a primeira dose;

→Crescimento do número de casos em idosos com vacinação completa devido ao sistema imunológico mais fragilizado;

→Nova onda de sobrecarga no sistema de saúde.

Sintomas da variante delta

Obstrução nasal, coriza, tosse, falta de apetite, vômitos, dor abdominal, manchas na pele, cefaleia, irritabilidade. Esses são alguns dos sintomas da variante delta em relação à Síndrome Aguda Grave (SRAG). Nos quadros benignos e mais leves, os sintomas costumam ser semelhantes ao de um resfriado comum.

Em situações mais graves, os riscos de comprometimento do funcionamento dos pulmões por conta da queda da oxigenação são altos. Por isso, assim como nas outras variantes é importante fazer o acompanhamento do quadro com mensuração da oxigenação digital para que se avalie a necessidade de um internamento hospitalar.

Os sintomas da variante delta são muito parecidos com as demais variantes. Dessa forma, a recomendação é fazer o teste de PCR imediatamente para identificar a presença do vírus. Vale lembrar que o mesmo cuidado continua em relação aos sintomas principais do vírus: febre alta, perda do olfato e paladar.

Os exames das variantes são realizados por amostragem de levantamento epidemiológico, porém, a forma de tratar e acompanhar a evolução do quadro continua sendo a mesma.

As vacinas são eficientes contra a variante Delta?

Com as mutações do SARS-CoV-2, uma dúvida muito comum atualmente é sobre a eficácia das vacinas contra a variante delta. Dados divulgados pela Agência Fiocruz, revelam que a AstraZeneca tem 92% de eficiência contra a variante delta e, recentemente, uma pesquisa da Universidade de Oxford também apontou que as vacinas da Pfizer também são eficazes.

Há uma série de estudos em andamento ao nível mundial sobre esse assunto, mas de forma geral, as perspectivas são positivas em relação à imunização, como explica o Dr. Heitor Lagos, médico da Paraná Clínicas:

“As vacinas apresentam uma boa proteção frente a variante Delta, principalmente quando as pessoas tiverem imunização completa. Ou seja: 15 dias após a segunda dose. Os grupos de idosos, acima de setenta anos, deverão receber  uma dose de reforço para maior proteção. Desta forma, a vacina continua sendo uma importante etapa de proteção para controlarmos os casos e mortes, pois são eficientes para reduzir a gravidade dos casos e não apenas o contágio”, ressalta.

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Dicas para se proteger contra a variante Delta

É essencial destacar que mesmo com as vacinas, não é hora de relaxar com os cuidados de proteção. Seja no ambiente de trabalho, nos espaços abertos ou em outros locais, as medidas para enfrentamento da variante Delta continuam sendo as mesmas:

  1. Mantenha a higienização das mãos com frequência com álcool em gel e lavagem com água e sabão;
  2. Continue usando máscaras adequadas (o modelo PFF2 é bastante indicado);
  3. Mantenha o distanciamento social, de no mínimo, 1,5 metros (quanto maior, a distância, maior proteção, principalmente em relação às cepas de alta transmissibilidade como a variante delta);
  4. Evite aglomerações.

Em resumo: não existe uma solução única para se proteger contra as variantes do coronavírus, mas é importante completar o ciclo vacinal, manter os cuidados mesmo após a imunização e seguir os protocolos de segurança para ser possível desenvolver o controle da pandemia até que novas vacinas e medicações possam ser desenvolvidas pela ciência.

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