Manter a saúde mental na pandemia após 1 ano e 6 meses desde que o estado de emergência sanitária foi declarado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) não é uma tarefa fácil. Afinal, as recomendações de distanciamento social e protocolos de biossegurança continuam mesmo com o avanço da vacinação e os múltiplos impactos que a pandemia trouxe ainda estão em processo.

Neste contexto, além de buscar ajuda profissional em momentos de extremo desgaste, existem algumas medidas simples que podem te ajudar a voltar para si mesmo (a) e buscar formas de driblar sintomas de ansiedade e outras situações. Ao longo do conteúdo, reunimos os principais pontos e dicas sobre o assunto. Continue lendo e saiba mais!

Saúde mental na pandemia: por que falar sobre isso?

Antes do coronavírus, a saúde mental já era um campo com demandas urgentes. Mas, em meio a um cenário com tantos fatores estressantes simultâneamente, os casos de ansiedade na pandemia, depressão e fatores de risco para o suicídio estão aumentando de forma considerável. Não é à toa que diversos pesquisadores e entidades estão se debruçando cada vez mais sobre o assunto.

Entre os brasileiros, a ansiedade é um dos transtornos mais comuns neste período — estima-se que mais de 86% da população está mais ansiosa — segundo uma pesquisa do Ministério da Saúde cujo objetivo foi analisar o impacto social na saúde mental dos brasileiros.

O cenário é de alerta e falar sobre o assunto ajuda a desconstruir estigmas e buscar soluções conjuntas tanto na procura por ajuda quanto no fortalecimento dos serviços de saúde. 

A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) lançou uma série de documentos com diretrizes de apoio a serviços e profissionais. Um deles, intitulado por Intervenções Recomendadas em Saúde Mental e Apoio Psicossocial (SMAPS) durante a pandemia ressalta, entre outras sugestões, a necessidade de intervenções de comunicação neste período.

Ao fortalecer a comunicação sobre os riscos e promoção das medidas preventivas e acesso à informação, os serviços de atendimento são fortalecidos. 

Mais do que informar, é preciso comunicar sobre as possibilidades de apoio na saúde mental de forma acessível, seja por redes sociais, veículos comunitários de mídia, aplicativos, entre outros meios. Adaptar as mensagens considerando linguagens acessíveis e as particularidades do isolamento também é importante segundo a OPAS.

Dicas para manter a saúde mental

Com tantas transformações e dificuldades para se manter uma rotina que inclua a convivência com outras pessoas sem restrições, manter os espaços de respiro e continuar fortalecendo os vínculos afetivos é um desafio, mas é importante buscar alternativas para encontrar momentos de equilíbrio em meio ao cenário. Veja algumas dicas abaixo:

1.Valorize o tempo livre e descanse

A naturalização do teletrabalho e das chamadas de vídeo em excesso, a sobrecarga em relação ao gerenciamento de tarefas no cuidado do trabalho, do lar e das crianças e o risco de contaminação pelo coronavírus são fatores que podem levar a uma rotina exaustiva. Por isso, tire um espaço na agenda para descansar e não fazer atividades obrigatórias.

O tempo de descanso faz muito bem para recompor energias e libertar sua mente dos pensamentos e preocupações excessivas. Negligenciar esse tipo de cuidado pode impactar na sua saúde mental, na qualidade do seu trabalho e na sua vida como um todo. Além de ansiedade e depressão, o estresse excessivo por conta do trabalho pode levar ao desenvolvimento da síndrome de burnout, por exemplo. Por isso, procure se desconectar às vezes!

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2. Busque estratégias para fortalecer a rede de amizades, mesmo a distância

É evidente que fazer encontros presenciais com amigos e familiares proporciona muitas vantagens, mas neste momento em que é importante continuar redobrando todos os cuidados e distanciamento social, você não precisa se isolar do mundo. 

Use as tecnologias disponíveis a seu favor para fazer chamadas de vídeo e manter o contato mesmo que virtual com ruas redes afetivas. Combater a solidão é uma forma de compartilhar suas alegrias, medos e buscar  e proporcionar acolhimento quando necessário.

3. Avalie o tempo em que acompanha coberturas noticiosas

Buscar informações confiáveis sobre a pandemia e manter os cuidados preventivos é importante, mas o excesso de informações pode fazer mal para sua saúde. Avalie o tempo em que acompanha as coberturas de mídia e certifique-se sobre a idoneidade dos canais de informação que você acessa. A preocupação excessiva pode gerar níveis de estresse e ansiedade e por isso, é importante equilibrar a rotina com outras atividades.

4. Faça exercícios físicos

Com boas máscaras de proteção e respeito aos protocolos de biossegurança, você pode praticar exercícios físicos e sua saúde mental vai agradecer. Caminhadas, atividades de yoga, meditação e corrida são modalidades muito válidas neste sentido. 

Os exercícios físicos estimulam o bem-estar e trazem benefícios para a saúde como um todo, já que a prática de atividades físicas libera substâncias como endorfina. Uma rotina de exercícios é um momento que permite o distanciamento e a distração de pensamentos ruins.

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A Paraná Clínicas pode te ajudar

Com um quadro de médicos  especializados nas áreas de psiquiatria e psicologia, a Paraná Clínicas oferece todo o suporte necessário para manter a saúde mental na pandemia.

Com informações da Dra. Ana Paula Aquino, psiquiatra da Paraná Clínicas

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