O desenvolvimento de vacinas tem se mostrado importante para conter endemias e pandemias já há muitas décadas e o estudo, pesquisa e produção destas vacinas tem ajudado a salvar muitas vidas, além de auxiliar a conter as consequências gerais de doenças que se disseminam com grande facilidade como a Covid-19.

A queda nas mortes por Covid-19 mostrou a eficácia da imunização, sobretudo em idosos, trazendo uma resposta positiva na diminuição de internações e contaminação acelerada do vírus, porém a pandemia ainda não foi completamente controlada. 

Após estudos sobre a imunização da população e seus efeitos, foi constatada a necessidade da aplicação de uma dose de reforço das vacinas.

A dose de reforço se fez necessária devido a circulação da variante Delta e do número elevado de casos da doença, além de reforçar a imunização em pessoas com doenças que comprometem o sistema imunológico.

A aplicação da dose de reforço das vacinas contra a Covid-19 já está acontecendo e atualmente atende pessoas acima de 60 anos e profissionais de saúde, porém ainda existem dúvidas por parte da população sobre a eficácia e a necessidade desta terceira dose. 

Vamos falar sobre esse assunto para sanar algumas das grandes dúvidas que permanecem sobre o tema.  

A dose de reforço é segura?

Todas as vacinas aprovadas pela Anvisa para uso no Brasil são seguras.

Até o momento, as reações apresentadas em pessoas que tomaram a dose de reforço foram apenas as reações semelhantes às apresentadas nas duas doses anteriores das vacinas de mRNA ou adenovírus (Pfizer e AstraZeneca), são elas: cansaço excessivo, dor no local da injeção, dor de cabeça, dor muscular, febre e náuseas.

Quando tomar a dose de reforço?

Existem questionamentos acerca do tempo para se tomar a terceira dose da vacina e o tempo para que esta dose de reforço se torne eficaz, e apesar de ainda existirem poucos estudos relacionados as vacinas contra a Covid-19, a regra pode ser a mesma de outras vacinas, uma vez que o sistema imunológico demandará neste caso o prazo para vacinação.

Sendo assim, os prazos estabelecidos hoje pelo Ministério da Saúde, são de seis meses após a aplicação da segunda dose, o que se mostra eficaz, uma vez que permite que o sistema imunológico responda e crie suas defesas a partir do esquema vacinal inicial.

Caso a dose de reforço seja aplicada antes do tempo necessário para as respostas do sistema imune, esta dose não apresentará os efeitos necessários, ou seja, será uma aplicação sem a imunização esperada e consequentemente, será o desperdício de doses do imunizante aplicado.

Por que tomar a dose de reforço?

Existem muitas especulações sobre a qualidade de uma vacina ou outra. Porém, estas especulações não têm comprovação e acabam desinformando a população. 

O que se sabe é que as vacinas são seguras e elevam a proteção contra a forma grave do Covid-19. Tomando as vacinas as chances de precisar internar ou ir para UTI (Unidade de Terapia Intensiva) são muito menores. A transmissão também reduz entre os vacinados.

Então quando se usa vacina e se faz o reforço, mantem-se esta proteção, reduzindo a transmissibilidade.

As vacinas apresentam queda de proteção após seis meses, por isso a recomendação da terceira dose, aumentando a proteção e eficácia das vacinas pela ativação dos anticorpos contra a Covid-19. 

E quanto à prevenção contra a Covid-19?

Apesar de serem seguras, eficientes e reduzirem a chance de quadros graves e transmissão da Covid-19, não se pode deixar de manter alguns cuidados e precauções e a prevenção deve estar presente em nosso dia a dia.

Veja abaixo algumas dicas de prevenção contra a Covid-19:

– Use máscara em público;

– Lave as mãos com frequência, utilizando água e sabão;

– Caso não tenha como lavar as mãos naquele momento, utilize álcool em gel para higienizá-las; 

– Mantenha distância de outras pessoas de pelo menos 1 metro; 

– Fique em casa sempre que for possível;

– Prefira locais ventilados e a céu aberto, quando possível;

– Vacine-se quando chegar a sua vez!

 

Fonte: Dr. Heitor Lagos (CRM 11480) – médico da Paraná Clínicas

 

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